quinta-feira, março 16

Notícia noticiada!!!!

Para rir um pouco do título da matéria publicada no Terra Online Informática: Impressora imprime fotos direto do celular

É a notícia noticiada!

Off topic: Por que não tivemos aula?

Incrível, mas não tivemos aula na quarta porque a Direção do Centro de Artes não disponibilizou salas para todas da comunicação. Não foi problema do professor nem do Departamento.
É absurdo que o curso mais concorrido do Centro de Artes (o nosso) fique à ver navios, enquanto tem sala por lá em que a relação professor é de 1 por 10 alunos.
Na segunda-feira a aula é normal, mas, quarta, je ne sais pas. O pessoal do CA podia se mobilizar, porque nós, professores, vamos colocar o bloco na rua.
Que saco!

terça-feira, março 14

Tudo ao mesmo tempo agora

Um off topic: começaram as aulas na Ufes. Já me sinto cansado. Dois motivos: morar longe da Universidade e esse calor capixaba que é de lascar. A motivação é ver os alunos e os colegas. Todo ano é a mesma coisa: os alunos chegam com a mesma idade e só você envelhecendo.

Nove fora esse assunto depressivo, hoje, fiquei pensando sobre a relação entre tecnologia e exclusão social. Ainda não tenho uma opinião formatada sobre isso. Por um lado, vejo que todos esses novos inventos tecnológicos leva a um certo fetichismo, vide o mercado de telefonia celular. O sujeito compra um aparelho novinho e já inveja o do colega. Então vira um busca pelo consumo em si. E quem tem grana para comprar tecnologia? O mesmo povo de sempre.

Já li que o processo digital nasceu para excluir. Acho isto uma tolice. O que de fato parece acontecer é que, por um lado, há uma cultura livre, que tensiona para a universalização informática. Computador para todos, é o lema dessa turma. São os movimentos open source da vida. De um outro lado, há o capital global, que se apóia numa estratégia econômica perversa. Busca a aceleração da difusão do produto, ou seja, quanto mais rápidas são disponibilizadas as atualizações ou o lançamento de novos produtos, maior é o valor deles. Por um outro lado, esse valor se sustenta com a desaceleração da socialização. Os produtos são cada vez mais novos, porém, como a economia é uma questão de escassez, não é possível e nem necessário que todos tenham acesso a tudo, senão o valor do produto cairá.

A exclusão é uma condição para que o valor das mercadorias continue alto.

Contudo, há resistências de tudo que é tipo. O primeiro e mais visível é a pirataria. Que busca socializar tudo e por isso que é tão barato a bugiganga. O segundo são os movimentos peer-to-peer e o mundo do copyleft. Um busca tecnologias de distribuição de conhecimento ponto a ponto, outro cria um novo direito público ao possibilitar que qualquer um troque, copie e até altere os bens sob sua licença. E - por último - há iniciativas de ampliação do acesso à rede, como telecentros, pontos de cultura, que são ainda muito tímidos, mas que crescem a cada ano.

Não consigo enxergar o futuro sem a universalização da web. Claro que para isso precisamos resolver problemas nossos, como a pobreza, a miséria, a favelização etc. Mas isto não é culpa das mídias digitais, como muitos querem.

Ai... pronto, escrevi o que queria... Agora quem tem alguma coisa contra que se pronuncie.

domingo, março 12

Para os alunos: semetre começa

Segunda, 13, a aula de Jornalismo Digital será no Cemuni V, sala 1A. Não se percam!!!!

Diferenças Geracionais e Consumo de Meios de Comunicação

Li no blog do Jornalismo e Comunicação, que indica um link para o blog espanhol 5w Prensa Cafe. Trata-se de um post que enumera a preferência dos mídias e o que cada faixa etária está consumindo nos meios de comunicação. Os dados foram publicados em dezembro, numa pesquisa chamada Outsell's News Usage Research. A fonte é uma de uma firma de pesquisa industrial, que pesquisou o hábtio de 2800 pessoas nos EUA.

O principal dado: o jornal é coisa de cinquentão. A moçada consome jornal digital e informação no GYMA (Google, Yahoo, MSN, AOL - que é o UOL dos EUA).

A tabela é ótima e dá para tirar muitas conclusões. Uma delas é que as pessoas cada vez mais querem informação customizada (on demand), tipicamente um tipo de conteúdo que, por enquanto, somente a TV a Cabo e a Web fornecem.

(para enxergar melhor a tabela é só clicar nela)

Blogs são pessoas?

Gostei muito de um artigo escrito por Henrique Costa Pereira e publicado no Webinsider. Chama-se Sobre o ato de blogar e a ética do invisível. Sugiro a leitura. Há ótimas passagens, mas a que eu achei interessante foi a que descreve a lógica pública dos blogs.

Pessoas costumam lembrar mais da suas gafes do que do seus acertos. Se errar, não sinta vergonha de se retratar em público. Se escreveu errado, corrija. Todos cometem erros e você vai cometer também. Não critique pessoas; critique idéias e pensamentos e deixe claro seus argumentos. Críticas passionais sugerem que você é histérico e que toma remédios controlados; nunca que você é inteligente e possui bom senso crítico. Você pode se comportar como adulto e profissional ou como um adolescente que não tem papa na língua. Tudo depende da imagem pessoal que você quer criar na web.


visível ou não?

Acho interessante pensar a questão da vibilidade nos blogs. Primeiro há sempre aquela lei "blogueiro linka blogueiro" que serve como uma estratégia para que a blogosfera se amplie como um eco. Contudo, os blogs também têm um quê de narcisismo (positivo e negativo). É bom porque você pode estruturar seu pensamento em torno de questões até então muito complexas (mesmo que simples, como porque eu não tenho guarda-chuva), criar relações de comunidade (real e virtual), receber elogios e críticas, ser um ponto de referência.

Contudo, há um lado meio esquisito. Ás vezes nos deixamos contaminar por uma lógica do exibicionismo, tipicamente de comportamento da sociedade de massa. Querer ser um blog que consegue dar conta de tudo. Acho isto um dos piores comportamentos de alguns blogueiros. O fascínio por ser celebridade.

É claro que a maioria de nós está fora dessa. Mas um dia desses postei um artigo sobre o blog como marketing pessoal. Fiquei pensando com um certo bom senso... Sim, damos a cara para bater, escrevemos o que nos der na telha, mas não é da natureza do blog ser um instrumento de marketing pessoal. Um blog é uma ação de resistência discursiva. Emitir opinião sem intermediário, sem ser empresa de comunicação.

Acho inútil a discussão sobre a possibilidade de remuneração dos blogs. É um caminho que leva à equivocada intervenção da mediação do dinheiro, que impõe relações sociais que desvirtuam essa atividade de resistência. Como diz o artigo do Henrique, blogs são pessoas. Diria que são singularidades, que é muito melhor que indivíduos (que traz consigo a idéia de homogêneo). E singularidades que fazem relações, que às vezes se tonam multidão. Ver post individuação publicado no blog ECuaderno.

Portanto, não há marketing, só discurso. Acredite se quiser!