quarta-feira, outubro 5

A Internet é resultado da contra-cultura

semana de cansaço e acabei não postando nada pós a aula de quarta... bom:

A última aula foi destacada a história da Internet, como uma construção de um triplo movimento.

- o militar: quem inaugura a rede, com propósito de criar um sistema de comunicação inviolável, sem comando e sem controle. A idéia era básica: seis servidores instalados em seis universidades (leste x oeste, norte x sul) trocando pacotes de informações. Nenhum deles possui tudo e nenhum deles possuía nada.

- o da contracultura: que cria a cultura do faça vc mesmo e da circulação livre da informação. nada de mediação. Quem cobra pédágio é retirado ou boicotado na rede. Invesnto importantes como a criação do modem é resultado de uma troca compartilhada, de um trabalho cooperativo entre jovens que buscavam desenvolver a própria rede.

- do e-commerce. A partir de 94, com a privatização da web, parte da estrutura da rede é privatizada. Com isto: o acesso à rede é mais difundido. Mas, tem de ser pago. Foi bom, pq antes o acesso era coisa de un iversitário e hackers. Depois, passou a ser algo ligado ao público em geral. O problema é q se tornou caro.

Quem lê em inglês, excelente texto sobre o nascimento da internet. Muito bom

domingo, outubro 2

Bíblia Virtual do Jornalismo

Aí... pode ser uma bíblia para o jornalismo. É a ferramenta Today´s Front Pages. Trata-se de um recurso que possibilita visualizar todas as primeiras páginas dos principais jornais do mundo. Imperdível!

Não há nem jornais da África, nem dos hermanos argentinos. Mas, oh, do ES, só o NA.

Desconexão e Jornalismo

Aqui com dor nas costas, comecei a refletir uma questão. O hipertexto tem uma funcionalidade baseada na desconexão. Ou seja, os links (seja lá qual mídia for) não necessariamente tem associação direta com o texto referência. Um texto sobre câncer de mama pode ter um link sobre o INCA. O usuário pode então descobrir o trabalho de intervenção oncológica do INCA. Essa é uma perda de referência (e ao mesmo tempo uma resistência) do texto original.

Imagino q se essa perda de referência acaba produzindo no jornalismo uma desfiliação ao fato narrado, convidando o usuário mais a um zapping do que à informação nua e crua. É uma aproximação mais ao tema do noticiário do que o objeto do noticiário. É a morte completa do lide. Mas sinceramente isto ainda está muito longe do real. Isto porque a linguagem narrada (seja blog ou portal comercial) força o hipertexto a se tornar uma retranca e não uma possibilidade de fuga.

A forma de construção da verdade do fato ainda continua intacta, apesar de alguns abalos.

os princípios do hipertexto

Alguns links importantes para compreender a noção de princípios de hipertexto, de Pierre Levy:

— Sobre o princípio da metamorfose, que afirma ser o hipertexto algo que vivencia constantes transformações.

— Sobre o princípio da heterogeneidade. O centro da conceituação deste está na afirmação de que na memória há textos, imagens, sensações, cores etc. Nas novas mídias, o hipertexto contém multimídias. Não é só texto, mas aúdio, video, imagem, softwares, etc.

— Sobre o princípio da multiplicidade. Um nó da rede pode conter toda diversidade da rede.

— Sobre o princípio da exterioridade: todo hipertexto está aberto à linkagem de outrem. Nesse sentido faz parte de uma cultura aberta.

— Sobre o princípio da topologia. Dentro de uma página há sempre uma topologia do hipertexto. Há uma hierarquização das conexões. Ao mesmo tempo, tudo na rede funciona na base da proximidade.

— Sobre o princípio da mobilidade do centro. A rede não possui centro. Só proximidades.

Aula sobre Hipertexto em Pierre Levy

O último encontro debatemos o conceito de hipertexto de Pierre Levy. Acho o texto do filósofo francês importante porque parte da idéia de que o hipertexto é uma definição anteriori às novas mídias, pois faz parte da própria lógica humana do pensamento. Este funciona de forma caótica, elaborando cognições que surgem por conexões. Ele cita o exemplo legal sobre o frase "a maçã contém vitaminas". Cada sujeito acaba lendo a frase a partir de múltiplas associações. Haverá aquele que associará a maça com um recurso para se fazer uma boa dieta nutritiva e assim emagrecer. Um outro q vai se preocupar com os tipos de vitaminas encontrada no fruto etc.

Cada um busca contextualizar a frase de acordo com um conjunto de informações que detém. Logo, nenhuma mensagem tem um sentido muito preciso, pois cada sujeito relaciona o conteúdo da mensagem com as suas associações cognitivas.

Assim, o hipertexto é sempre uma linguagem associativa não-linear.

Quem quiser, comente.


Nasce um blog

No princípio era o... bits. A disciplina entra na fase blogueira. A idéia é desse espaço ser um ponto de debate de idéia, de circulação de informação e de linkagem com outros ambientes digitais em que há vida inteligente... Obviamente, circular muita coisa sobre as novas moalidades de jornalismo.

Boa vida para nosotros...