"A pobreza tem dois rostos"
"Aumentado de fala", Negri vai chegando em uma alta frequência , quando afirma que não é a necessidade que move o sujeito. Soa como um soco a ideologia da esquerda tradicional. O que move o sujeito é a luta. "Não existe necessidade objetiva. Não há isso. O que há sempre é uma luta constante para resistir aos mecanismos de produção da miséria", diz.
Em seguida traduz a sua visão sobre que seja a riqeuza do pobre. "A pobreza tem dois rostos, dizia Marx. O primeiro é o reduzido pelo capitalismo com seus processos de exploração. O outro rosto é o máximo de potência. O pobre tudo pode produzir. Ele tem de produzir por viver no limiar da ausência". Toni Negri aponta para os militantes declarando que esse é um paradoxo produtivo, que não podemos esquecer ao fazer militância.
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